2ª Ação Campanha Eticalize: Debate sobre assédio moral no ambiente de trabalho

No dia 16, a Controladoria Interna do Centro Paula (CI-CPS) promoveu um bate-papo com a equipe CI, abordando a importante temática “Todos contra o assédio”. O evento contou com a participação do professor do CPS e advogado André Sacramento Amorim, convidado.

O assédio moral é uma realidade presente no cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo, caracterizado por comportamentos sociais negativos e prejudiciais, como desqualificação, ridicularização, humilhação, inferiorização e desprezo pela dignidade de indivíduos, ou grupos em um determinado ambiente social. Quando ocorre no ambiente de trabalho, o assédio moral adquire características próprias, frequentemente relacionadas às relações de hierarquia e competitividade existentes nesse contexto. Essa forma de perseguição visa constranger o(a) trabalhador(a), seu trabalho e sua autoestima.

O assédio moral abrange qualquer atitude, comportamento, palavra ou gesto que cause danos à dignidade da pessoa e aos seus direitos individuais. Trata-se de uma conduta abusiva, com potencial para prejudicar tanto a integridade física quanto psicológica da pessoa assediada, bem como a de seus colegas de trabalho, o que acarreta desequilíbrio e desagregação no ambiente laboral. É essencial que todos que experimentam ou testemunham essa prática reprovável se unam no combate ao assédio moral.

É fundamental que todos se unam na luta contra essa prática e trabalhem juntos para criar ambientes laborais saudáveis e respeitosos.

Durante o bate-papo, o professor convidado trouxe estudos de caso e abordou as diferentes categorias de assédio:

Assédio moral vertical: ocorre quando o assediador possui uma posição hierárquica, ou funcional superior à pessoa, ou grupo assediado. Esse é comum no ambiente de trabalho, onde a hierarquização e a subordinação são elementos essenciais nas relações laborais, seja em empresas privadas, corporações ou no setor público.

Assédio moral horizontal: ocorre quando o assediador ocupa a mesma posição hierárquica ou funcional da pessoa ou grupo assediado. Nesse caso, o assediador não é um superior hierárquico, mas um colega de trabalho, seja na mesma equipe ou não.

Assédio moral ascendente: embora menos comum, o assédio moral também pode partir de um nível hierárquico inferior em direção a uma pessoa em posição hierárquica superior. Normalmente, isso ocorre quando um grupo decide se rebelar contra uma chefia ou direção recém-chegada em uma empresa ou órgão.

É importante ressaltar que qualquer trabalhador(a) que faça parte do ambiente de trabalho no Serviço Público pode ser responsável pelo assédio moral, independentemente de seu vínculo profissional, posição hierárquica, cargo ou função desempenhada.

O assédio moral cria uma comunidade hostil e contrária à ética, onde um ou alguns indivíduos agem sistematicamente contra uma pessoa específica, colocando-a em uma posição de impotência e vulnerabilidade. Essa situação é mantida através da continuação das atividades de assédio, conhecida como mobbing.

Este debate foi um importante passo para conscientizar, refletir e informar sobre a gravidade do assédio moral no ambiente de trabalho.

“A Controladoria Interna está atenta e comprometida no combate ao assédio moral.”

Atualizado em 26 de junho de 2023